Vícios de linguagem exemplos: guia completo para melhorar sua escrita

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Corrigir meu texto agoraA linguagem é a ferramenta fundamental para a comunicação, mas muitas vezes nos deparamos com erros que prejudicam a clareza e a profissionalismo do nosso texto. Os vícios de linguagem são justamente esses desvios que afastam nosso discurso das normas cultas e podem comprometer a compreensão da mensagem. Se você é um estudante, profissional ou simplesmente alguém que deseja melhorar sua escrita, este guia completo sobre vícios de linguagem exemplos será indispensável.
O que são vícios de linguagem
Vícios de linguagem são erros ou desvios que ocorrem na fala ou na escrita e que desrespeitam as normas da língua portuguesa. Eles podem surgir por falta de atenção, desconhecimento das regras gramaticais ou, até mesmo, pelo uso inadequado de gírias e expressões coloquiais em contextos formais. Esses problemas afetam a compreensão do texto e diminuem a credibilidade de quem escreve.
Os vícios de linguagem se manifestam de diferentes formas: podem ser relacionados à gramática, à ortografia, ao vocabulário ou até à estrutura das frases. Identificar e corrigir esses problemas é essencial para que você produza textos de qualidade e bem estruturados.
Principais tipos de vícios de linguagem com exemplos
Barbarismo
O barbarismo é o uso de palavras ou expressões que não existem na língua portuguesa ou que desviam da forma correta. Geralmente, ocorre quando usamos palavras estrangeiras de forma inadequada ou quando cometemos erros de pronúncia ou escrita.
Exemplos:
- “Estou muito ocupado no meu job” (correto: trabalho)
- “Vou fazer um upgrade do meu computador” (correto: atualização)
- “Ele tem uma performance excepcional” (correto: desempenho)
- “O relatório foi enviado via e-mail” (correto: por correio eletrônico)
Solecismo
O solecismo é um erro de concordância, regência ou sintaxe que afeta a estrutura gramatical da frase. Pode ocorrer de diferentes maneiras, como na concordância verbal ou nominal.
Exemplos:
- “Haviam muitas pessoas na festa” (correto: havia muitas pessoas)
- “Eu lhe via todos os dias” (correto: eu o via)
- “Nós vamos se encontrar amanhã” (correto: nós vamos nos encontrar)
- “Os alunos estão na aula de português e espanhol” (correto: nas aulas de português e espanhol)
Pleonasmo
O pleonasmo é a repetição desnecessária de uma ideia ou conceito já expresso. Embora nem sempre seja um erro grave, pode tornar o texto redundante e cansativo para o leitor.
Exemplos:
- “Ele subiu para cima da árvore” (correto: ele subiu na árvore ou subiu para a árvore)
- “Entrei para dentro da casa” (correto: entrei na casa)
- “Ele desceu para baixo da escada” (correto: ele desceu da escada)
- “Vi isso com os meus próprios olhos” (correto: vi isso)
Anfibologia
A anfibologia é a ambiguidade da frase, quando a mensagem pode ser interpretada de mais de uma maneira. Isso gera confusão e impede a clareza da comunicação.
Exemplos:
- “O pai de Maria encontrou seu irmão” (não fica claro de quem é o irmão)
- “Matei o leão com a lança” (não fica claro se o leão ou a pessoa está com a lança)
- “Vi o filme com meu colega na sala” (não está claro se o colega estava na sala ou se o filme passa na sala)
Arcaísmo
O arcaísmo é o uso de palavras ou expressões que caíram em desuso ou que pertencem a épocas antigas. Embora possa ser adequado em contextos literários ou históricos, em textos modernos pode prejudicar a compreensão.
Exemplos:
- “Outrora, eu frequentava essa escola” (correto em contexto literário, mas muito formal no dia a dia)
- “Senão, você cairá” (correto: caso contrário)
- “Agora” em vez de “a esta hora” (correto: agora, neste momento)
Neologismo inadequado
O neologismo é a criação de novas palavras ou o uso de palavras de forma inovadora. Quando feito sem propósito ou sem clareza, pode prejudicar a comunicação.
Exemplos:
- “Vou me responsabilizava com o projeto” (não existe essa forma)
- “Ele estava muito atropelante” (neologismo inadequado)
Cacófato
O cacófato é a junção de palavras ou sílabas que criam sons desagradáveis ou até palavras com significado ofensivo. Afeta a harmonia do texto.
Exemplos:
- “Não toco mais em fita” (soa inadequado quando pronunciado rapidamente)
- “Aqui toca música” (pode soar de forma desagradável dependendo da entonação)
Erros comuns com regência verbal e nominal
Um dos vícios de linguagem mais frequentes está relacionado à regência verbal e nominal. A regência é o uso correto da preposição ou do complemento que acompanha um verbo ou nome.
Exemplos de erros de regência:
- “Assistir a un filme” vs “Assistir um filme” (correto: assistir a um filme)
- “Informar o assunto para ele” vs “Informar-lhe do assunto” (correto: informar-lhe o assunto ou informar o assunto a ele)
- “Insistir em sair” vs “Insistir de sair” (correto: insistir em sair)
- “Implicar com as pessoas” vs “Implicar as pessoas” (correto: implicar com as pessoas, ou seja, ter antipatia)
Confusão entre palavras parecidas
Muitas vezes, cometemos vícios de linguagem ao confundir palavras que se parecem na escrita ou pronúncia. Um dos casos mais clássicos é a diferença entre “mas” e “mais”.
Exemplos:
- “Quero mais dinheiro, mas não tenho capital” (mais = quantidade maior; mas = conjunção adversativa)
- “Há muito” vs “Á muito” (correto: há muito, verbo haver)
- “Comprido” vs “Comprimento” (comprido = longo; comprimento = medida de extensão)
- “Emigrar” vs “Imigrar” (emigrar = sair do país; imigrar = entrar em um país)
Problemas de concordância verbal e nominal
A concordância verbal é fundamental para a correção do texto. Muitos vícios de linguagem surgem quando o verbo não concorda com o sujeito, ou quando nomes e adjetivos não concordam em gênero e número.
Exemplos de erros:
- “O livros estão barato” (correto: os livros estão baratos)
- “Eu e ela vamos ao cinema” (correto: vamos, não vai)
- “A maioria dos alunos faltou à aula” (correto: faltou, singular)
- “Já é hora de começar” (correto: é, não são)
Uso incorreto de pontuação
A pontuação inadequada é um vício de linguagem que afeta diretamente a clareza e a compreensão do texto. O uso correto de vírgulas, pontos e outros sinais é essencial para que o leitor entenda exatamente o que você quer comunicar.
Para dominar bem este aspecto, confira nosso guia sobre como corrigir vírgulas e pontos no texto, que traz explicações e exemplos práticos.
Exemplos:
- “Compramos pão, leite, queijo e frutas” (correto; a vírgula antes de “e” é facultativa)
- “Ele saiu, e não voltou” (vírgula desnecessária antes de “e” se não há inversão de sujeito)
- “Ela estava feliz. Mas cansada” (frase incompleta; correto: “Mas estava cansada”)
Vícios de linguagem em textos formais e acadêmicos
Textos formais, como redações, trabalhos acadêmicos e documentos profissionais, exigem especial atenção ao combate dos vícios de linguagem. A utilização de linguagem inadequada nesses contextos pode comprometer a qualidade e a aceitação do trabalho.
Se você está escrevendo uma redação para o Enem ou para um processo seletivo, é importante conhecer as estratégias para evitar esses problemas. Leia nosso artigo sobre como escrever redação nota 1000 para aprender técnicas profissionais que ajudam a eliminar erros e melhorar significativamente a qualidade do seu texto.
Dicas para evitar vícios em textos formais:
- Evite gírias, expressões coloquiais e regionalismos
- Não use diminutivos ou aumentativos desnecessários
- Cuidado com a repetição de palavras; use sinônimos
- Mantenha a consistência do registro linguístico (formal do início ao fim)
- Revise cuidadosamente antes de enviar
Como identificar vícios de linguagem no seu texto
Identificar os próprios vícios de linguagem pode ser desafiador, pois muitas vezes não nos damos conta dos erros enquanto escrevemos. Existem algumas estratégias práticas que você pode adotar:
Leitura em voz alta: Ler o texto em voz alta ajuda a identificar problemas de fluidez, repetições e erros que não são aparentes na leitura silenciosa.
Intervalo de tempo: Deixar o texto descansar por algumas horas ou dias antes de revisar ajuda a ter uma visão mais crítica e fresca do conteúdo.
Revisão estruturada: Faça revisões separadas focando em aspectos diferentes: primeiro, verifique a concordância; depois, a pontuação; em seguida, a regência; e por fim, a clareza geral.
Ferramentas automáticas: Utilize corretores ortográficos e gramaticais, mas lembre-se de que eles não capturam todos os problemas. Uma leitura humana atenta é sempre necessária.
Mitos e verdades sobre vícios de linguagem
Mito 1: “Se a maioria das pessoas fala assim, não é um vício.”
Verdade: A frequência de uso não torna um erro correto. Os vícios de linguagem existem porque desviam das normas cultas, independentemente de quantas pessoas os cometem.
Mito 2: “Vícios de linguagem só importam em redações e textos acadêmicos.”
Verdade: Evitar vícios de linguagem melhora a comunicação em qualquer contexto, desde emails profissionais até mensagens de whatsapp. A clareza é sempre importante.
Mito 3: “Não existem exceções para as regras de português.”
Verdade: A língua portuguesa tem várias situações em que existem formas aceitas. O importante é conhecer as regras principais e saber quando e por que aplicá-las.
Boas práticas para melhorar sua escrita
Melhorar a qualidade do seu texto vai muito além de apenas corrigir erros gramaticais. Envolve também a compreensão das normas, a prática constante e o uso de ferramentas adequadas.
Dicas práticas:
- Leia regularmente textos bem escritos, especialmente de autores reconhecidos
- Pratique a escrita diariamente, mesmo que seja apenas um parágrafo
- Estude as regras gramaticais de forma prática, com exemplos e exercícios
- Participe de grupos de troca de textos ou de workshops de escrita
- Mantenha um dicionário à mão para esclarecer dúvidas sobre palavras
- Crie um arquivo pessoal com erros frequentes que você comete
O papel da tecnologia na identificação de vícios de linguagem
Nos últimos anos, ferramentas tecnológicas avançadas têm transformado a forma como corrigimos e melhoramos nossos textos. Os corretores baseados em inteligência artificial conseguem identificar muitos vícios de linguagem que passariam despercebidos em uma revisão manual.
A inteligência artificial aplicada aos corretores de texto vai além de simples verificações ortográficas. Essas ferramentas conseguem analisar concordância, regência, estilo e até mesmo sugerir melhorias na clareza e na objetividade do texto.
Usar um corretor de texto com IA é uma estratégia inteligente para identificar vícios de linguagem que você poderia deixar passar. Essas ferramentas funcionam em tempo real e oferecem sugestões práticas e instantâneas para melhorar sua escrita.
Conclusão
Compreender os vícios de linguagem e aprender a identificá-los é um passo crucial para qualquer pessoa que deseja melhorar sua escrita. Seja você um estudante preparando-se para exames importantes, um profissional que precisa comunicar-se com clareza, ou simplesmente alguém apaixonado pela língua portuguesa, reconhecer esses erros comum ajuda significativamente na produção de textos de qualidade.
Lembre-se: ninguém escreve perfeitamente à primeira. O que diferencia os bons escritores é justamente a capacidade de revisar, corrigir e melhorar constantemente. Com as ferramentas certas e a dedicação adequada, você pode elevar o padrão de sua escrita e comunicar suas ideias de forma muito mais eficaz e profissional.
Se você quer acelerar esse processo de melhoria e ter acesso a sugestões inteligentes em tempo real, experimente o Corretor IA. Com análises profundas dos seus textos e recomendações automáticas, você conseguirá identificar e corrigir vícios de linguagem que talvez nem soubesse que existiam, tornando sua escrita muito mais clara, profissional e impactante. Comece hoje mesmo a transformar sua forma de escrever e veja a diferença que uma boa ferramenta de correção pode fazer na qualidade dos seus textos.
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