Erros de português mais comuns: conheça os 50 deslizes que comprometem sua escrita

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Corrigir meu texto agoraDominar a língua portuguesa é um desafio constante, mesmo para quem escreve com frequência. Os erros de português mais comuns podem passar despercebidos em mensagens rápidas, mas em documentos importantes, trabalhos acadêmicos ou comunicações profissionais, eles comprometem seriamente a credibilidade do autor. Este artigo reúne os 50 deslizes mais frequentes, organizados por categoria, para que você possa identificá-los e corrigi-los.
Muitas vezes, esses erros são resultado de confusões com palavras parecidas, regras gramaticais complexas ou simples falta de atenção. O importante é reconhecê-los e buscar formas eficientes de evitá-los, seja através do estudo constante ou do uso de ferramentas especializadas como o Corretor IA.
Erros de ortografia: quando a grafia engana
A ortografia é uma das áreas mais desafiadoras do português, especialmente após o novo acordo ortográfico. Muitas palavras mudaram de grafia, e outras mantêm grafias que não correspondem exatamente à pronúncia.
1. Mal vs. mau
Este é um dos erros de português mais comuns. “Mal” é advérbio (opõe-se a “bem”) e conjunção temporal. “Mau” é adjetivo (opõe-se a “bom”). Exemplo correto: “Ele é um mau caráter” e “Ele se comportou mal”.
2. Há vs. a
“Há” indica tempo passado ou existência, enquanto “a” é preposição ou artigo. Exemplo: “Há dois anos não o vejo” vs. “Daqui a dois anos nos encontraremos”.
3. Mas vs. mais
“Mas” é conjunção adversativa (equivalente a “porém”), enquanto “mais” indica quantidade ou intensidade. Exemplo: “Ele estudou, mas não passou” vs. “Ele estudou mais do que eu”.
4. Senão vs. se não
“Senão” significa “caso contrário” ou “a não ser”, enquanto “se não” é a conjunção condicional “se” seguida da negação “não”. Exemplo: “Estude, senão você reprovará” vs. “Se não estudar, você reprovará”.
5. A fim vs. afim
“A fim” (separado) significa “com a intenção de”, enquanto “afim” (junto) significa “semelhante” ou “que tem afinidade”. Exemplo: “Estou a fim de sair” vs. “Eles têm ideias afins”.
6. Por que, porque, por quê, porquê
Esta é uma das maiores fontes de confusão:
- Por que (separado e sem acento): usado em perguntas diretas ou indiretas
- Porque (junto e sem acento): usado em respostas, explicações
- Por quê (separado e com acento): usado no final de frases interrogativas
- Porquê (junto e com acento): substantivo que significa “razão”, “motivo”
7. Vêm vs. veem
“Vêm” é do verbo “vir” (eles vêm), enquanto “veem” é do verbo “ver” (eles veem).
8. Concerteza vs. com certeza
A forma correta é sempre “com certeza”, separado. “Concerteza” não existe no português padrão.
9. Retificar vs. ratificar
“Retificar” significa corrigir, enquanto “ratificar” significa confirmar, validar.
10. Descrição vs. discrição
“Descrição” é o ato de descrever, enquanto “discrição” é qualidade de ser discreto.
Erros de concordância: quando o verbo não combina
A concordância verbal e nominal é essencial para textos coesos, mas muitas regras específicas causam confusão.
11. Concordância com coletivos
Coletivos podem concordar no singular (quando se considera o grupo como um todo) ou no plural (quando se enfatiza os indivíduos). Exemplo: “A multidão aplaudiu” (singular) ou “A multidão aplaudiram” (plural enfático).
12. Concordância com porcentagens
Com porcentagens, o verbo pode concordar com o número ou com o termo especificado. Exemplo: “20% dos alunos faltaram” ou “20% dos alunos faltou”.
13. Haver indicando existência
Quando “haver” indica existência, é impessoal e fica sempre no singular: “Há muitos problemas”, nunca “Hão muitos problemas”.
14. Fazer indicando tempo decorrido
Quando “fazer” indica tempo decorrido, é impessoal e fica no singular: “Faz dois anos que não o vejo”, nunca “Fazem dois anos”.
15. Concordância com “a gente”
“A gente” equivale a “nós”, mas exige verbo na 3ª pessoa do singular: “A gente vai ao cinema”, nunca “A gente vamos ao cinema”.
Erros de regência: quando a preposição falta
A regência verbal e nominal determina quais preposições devem acompanhar verbos e nomes. Errar na regência é um dos erros de português mais comuns em textos formais.
16. Aspirar a vs. aspirar
No sentido de “almejar”, usa-se “aspirar a”: “Ele aspira ao cargo de diretor”. No sentido de “inalar”, não leva preposição.
17. Obedecer a vs. desobedecer a
Ambos exigem a preposição “a”: “Obedecer às leis”, “Desobedecer às ordens”.
18. Pagar algo a alguém
A regência correta é “pagar algo a alguém”: “Paguei a conta ao garçom”, não “Paguei o garçom”.
19. Gostar de
Sempre exige a preposição “de”: “Gosto de chocolate”, nunca “Gosto chocolate”.
20. Necessitar de vs. necessitar
Pode ser usado com ou sem preposição: “Necessito de ajuda” ou “Necessito ajuda”.
Erros de crase: o acento que causa dor de cabeça
A crase é um dos temas mais temidos pelos estudantes de português, mas algumas regras básicas podem ajudar.
21. Crase antes de palavras femininas
Só há crase quando há a fusão da preposição “a” com o artigo “a” antes de palavra feminina: “Vou à escola” (a + a escola).
22. Crase com horas
Usa-se crase ao indicar horas específicas: “Chegarei às 15 horas”.
23. Crase com moda à
A expressão “à moda de” exige crase: “Risoto à moda italiana”.
24. Quando NÃO usar crase
Não se usa crase antes de palavras masculinas, verbos, pronomes pessoais, ou quando o “a” for apenas artigo.
Erros de pontuação: vírgulas mal colocadas
A pontuação inadequada pode mudar completamente o sentido de uma frase.
25. Vírgula antes de “e”
Geralmente não se usa vírgula antes de “e”, exceto quando os sujeitos são diferentes ou quando o “e” tem valor adversativo.
26. Vírgula em apostos
Apostos devem ser separados por vírgulas: “João, meu irmão, chegou”.
27. Vírgula em enumerações
Itens de uma enumeração devem ser separados por vírgula, com “e” antes do último item.
28. Ponto e vírgula em enumerações complexas
Quando os itens da enumeração já contêm vírgulas internas, use ponto e vírgula para separá-los.
Erros com o novo acordo ortográfico
O novo acordo ortográfico trouxe mudanças significativas, especialmente no uso do hífen. Muitos ainda cometem erros de português mais comuns relacionados a essas regras.
29. Hífen com prefixos
Regra geral: usa-se hífen quando a segunda palavra começa com a mesma letra que termina o prefixo (auto-observação) ou com “h” (super-homem).
30. Hífen com “pré”, “pró” e “pós”
Usa-se hífen quando a segunda palavra começa com vogal: pré-escolar, pós-operatório.
31. Perda do trema
O trema foi abolido em palavras portuguesas: “linguiça”, não “lingüiça”.
32. Perda do acento diferencial
Alguns acentos diferenciais foram eliminados: “pelo” (verbo e substantivo), “polo” (substantivo).
33. Perda do acento em paroxítonas
Paroxítonas com ditongos abertos “ei” e “oi” perderam o acento: “ideia”, “heroico”.
Erros de colocação pronominal
A posição dos pronomes oblíquos (me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes) segue regras específicas de colocação pronominal.
34. Próclise, mesóclise e ênclise
Próclise (pronome antes do verbo): “Não me diga”. Mesóclise (pronome no meio): “Dir-me-á a verdade”. Ênclise (pronome depois): “Diga-me a verdade”.
35. Uso incorreto de “lhe”
“Lhe” é pronome de objeto indireto: “Eu lhe dei o livro”, não “Eu lhe vi” (o correto seria “Eu o vi”).
Vícios de linguagem comuns
Algumas expressões se tornaram tão comuns na linguagem cotidiana que muitos as consideram corretas, mas são vícios de linguagem que devem ser evitados na escrita formal.
36. “A nível de”
Muitas vezes usado incorretamente. O correto é usar “em termos de”, “no âmbito de” ou “quanto a”.
37. “Fazer uso de”
Pleonasmo comum. Basta usar “usar”: “Usar a ferramenta”, não “Fazer uso da ferramenta”.
38. “Por volta de” vs. “em torno de”
“Por volta de” indica hora aproximada. “Em torno de” indica quantidade aproximada.
39. “A princípio” vs. “em princípio”
“A princípio” significa “inicialmente”. “Em princípio” significa “em tese”, “teoricamente”.
40. “Onde” vs. “aonde”
“Onde” indica lugar estático. “Aonde” indica movimento para um lugar.
Erros com estrangeirismos
41. Uso desnecessário de estrangeirismos
Muitas vezes existem equivalentes em português: “feedback” (retorno), “deadline” (prazo final).
42. Grafia incorreta de estrangeirismos
Palavras estrangeiras devem manter sua grafia original ou ser aportuguesadas corretamente.
Erros de semântica: palavras com significados trocados
43. Emergir vs. imergir
“Emergir” significa surgir, vir à tona. “Imergir” significa mergulhar, afundar.
44. Absorver vs. adsorver
“Absorver” é incorporar uma substância. “Adsorver” é reter moléculas na superfície.
45. Descriminar vs. discriminar
“Descriminar” significa isentar de crime. “Discriminar” significa distinguir ou segregar.
46. Impreterível vs. imprescindível
“Impreterível” significa que não pode ser perdoado. “Imprescindível” significa indispensável.
Erros com pronomes de tratamento
O uso correto dos pronomes de tratamento é essencial em correspondência formal.
47. Vossa Senhoria vs. Vossa Excelência
“Vossa Senhoria” para autoridades não tão elevadas. “Vossa Excelência” para autoridades superiores.
48. Concordância com pronomes de tratamento
Os verbos e pronomes devem concordar na 3ª pessoa: “Vossa Excelência está convidado”.
Erros com figuras de linguagem
49. Metáforas mal construídas
Comparações inadequadas podem causar confusão ou comicidade não intencional.
50. Pleonasmo vicioso
Repetições desnecessárias como “subir para cima”, “descer para baixo”, “entrar para dentro”.
Como evitar esses erros de português mais comuns
Reconhecer os erros é o primeiro passo, mas evitá-los requer prática constante e ferramentas adequadas. Aqui estão algumas estratégias:
- Leitura constante: A exposição a textos bem escritos ajuda a internalizar as estruturas corretas.
- Revisão cuidadosa: Sempre revise seus textos antes de enviá-los, preferencialmente após algum tempo de distância.
- Consulta a fontes confiáveis: Mantenha à mão gramáticas e dicionários atualizados.
- Estudo sistemático: Dedique tempo regular ao estudo das regras gramaticais mais desafiadoras.
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Ao contrário dos corretores ortográficos básicos, o Corretor IA compreende o contexto das frases, o que permite detectar erros que passariam despercebidos por outras ferramentas. Ele também oferece explicações para cada correção sugerida, transformando-se em uma ferramenta de aprendizado contínuo.
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